Com atuação diversificada em saúde mental, Cândido Ferreira comemora centenário

Quatorze de abril marca o início dos atendimentos em Campinas



O Cândido Ferreira, serviço de saúde mental do município de Campinas, completa 100 anos do início de suas atividades no próximo dia 14 de abril, com sua atenção voltada para a essência de sua criação: o atendimento digno a pessoas de baixa renda que têm algum tipo de transtorno mental. A data remete à inauguração dos atendimentos, entretanto, a história da organização teve seu início em 2017, quando um grupo de filantropos campineiros, sensibilizados pela divulgação de uma reportagem que retratava como as pessoas com transtornos mentais eram maltratadas, mobilizou-se para promover atendimento digno e especializado. Após sete anos de atividades para gerar recursos que possibilitassem a compra de um terreno e a construção de um prédio próprio, a instituição deu início aos atendimentos, com um importante diferencial que permeia toda sua história: a gratuidade dos tratamentos destinados a pessoas sem condições financeiras para custear consultas ou medicamentos.



Evolução e pioneirismo

Além do atendimento gratuito, outro grande diferencial do Cândido Ferreira foi a busca pela evolução. Na década de 1980, a instituição já estava atenta à evolução no trato da saúde mental, com práticas que estavam em uso na Europa, mas ainda não eram adotadas oficialmente nas instituições brasileiras. Essas práticas aboliam o uso de tratamento invasivo - como o uso de camisa-de-força e eletrochoque – e asilar, situação que excluía o indivíduo do convívio em sociedade. Na década de 1990, de forma pioneira no Brasil, o Cândido Ferreira assumiu o atendimento humanizado, preconizado na reforma psiquiátrica e iniciou o processo de desospitalização, o que promoveu uma evolução no trato da saúde mental do país e é base para as melhores práticas realizadas nos dias atuais. Essa mentalidade de abraçar as mudanças em função do melhor atendimento foi responsável pela atuação contínua do Cândido Ferreira na cidade de Campinas, o que é algo a ser destacado, pois demais instituições de saúde mental simplesmente deixaram de prestar atendimento por não evoluírem sua forma de atuação e fecharam suas portas. 



Várias frentes de atendimento em um serviço único

De 1990 para cá, muita coisa mudou para melhor no atendimento em saúde mental na cidade de Campinas. Nos dias atuais, o Cândido Ferreira conta com 41 unidades de atendimento, instaladas em todas as regiões do município. Enquanto 9 CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) promovem atendimento clínico de qualidade a crianças, jovens, adultos e idosos, 21 unidades de Serviço Residencial Terapêutico acolhem idosos, com equipes multidisciplinares, proporcionando um atendimento de muita atenção e cuidado com uma população que já não possui mais laços familiares, formando vínculos entre os próprios moradores de cada residência. 

Já o Núcleo de Oficinas e Trabalho e a Casa das Oficinas promovem inclusão social a cerca de 300 pessoas em 15 oficinas de trabalho, por meio de atividades manuais. Cerca de 400 produtos comercializados em lojas próprias e também on-line, promovem geração de renda, e, a associação entre o trabalho e a terapia resulta em melhor qualidade de vida aos artesãos, com menor incidência de crises.
Os Centros de Convivência fomentam cultura, lazer e ensino em unidades portas abertas recebendo pessoas de todas as idades e proporcionam o encontro de usuários da saúde mental com a comunidade. As cinco unidades geridas pelo Cândido Ferreira, estabelecem parcerias com ações culturais junto à pontos de cultura, associações, coletivo de museus, exposições artísticas, festivais de dança e teatro e também ações voluntárias junto à comunidade local para ampliar a oferta de atividades e ações intersetoriais. 

O Consultório na Rua é um serviço itinerante que realiza atendimento em saúde para a população em situação de rua e em vulnerabilidade social. As equipes multidisciplinares realizam o atendimento in loco na perspectiva da redução de danos. Para Sander Albuquerque, superintendente administrativo da organização, toda essa estrutura resulta em um verdadeiro ecossistema de saúde mental que poucos municípios têm no país: “ A evolução da forma de tratar a saúde mental do Cândido Ferreira resultou em uma estrutura que é modelo para o Brasil. Nosso Serviço Residencial Terapêutico serviu de referência para o Ministério da Saúde multiplicar para outras cidades do país, por exemplo. Temos em expertise administrativo que é atento a detalhes na forma de gerir recursos e isso confere uma sustentabilidade importante para um serviço de saúde mental. ” 



Boas práticas como diferencial

Toda essa estrutura é administrada por uma organização que conta com 880 funcionários e proporciona cerca de 5.200 atendimentos ao mês. A busca pelo aprimoramento constante no trato da saúde mental resulta em boas práticas que são, inclusive nos dias atuais, procuradas por prefeituras de outros municípios como modelo de atendimento. De acordo com Karina Diniz, superintendente clínica da instituição, o projeto terapêutico estabelecido com cada paciente é um grande diferencial: “Um projeto terapêutico singular, que busca a reabilitação psicossocial de forma humanizada é o que define e diferencia o Cândido Ferreira enquanto serviço de saúde mental. Como temos amplas frentes, nosso atendimento proporciona formatos únicos no país. Entendemos o indivíduo dentro de seu contexto, seja familiar, social, econômico e buscamos atender de forma ampla as necessidades em saúde mental, não nos atendo somente ao campo clínico, mas também alternativas que proporcionem equilíbrio e qualidade de vida”, conclui.



Festa para os atendidos marca o aniversário

Embora a data do aniversário seja 14 de abril, a comemoração acontecerá no dia 18, quinta-feira, com uma festa dedicada aos atendidos. Para Sandrina Indiani, presidente do Conselho Gestor, a celebração dedicada aos atendidos reforça a premissa da inclusão: “Essa comemoração, centrada em nossos atendidos, fortalece a razão da existência do Cândido Ferreira e também resgata nossas origens ao lembrar que tudo o que vem sendo feito nesses cem anos é movido para proporcionar atenção e dignidade com que não teria acesso a um atendimento em saúde mental por ter uma condição financeira desfavorável. ”





Mantra da semana: generosidade - Coluna Saúde Mental por Magda Pinke

A avareza é mais do que uma simples busca desenfreada por riquezas materiais; é um apego profundo e indiscriminado a tudo que pode manter uma pessoa ancorada no passado. Este estado de avareza pode se manifestar não apenas na acumulação obsessiva de bens financeiros, mas também como uma ligação inabalável a experiências passadas dolorosas, impedindo o fluxo natural da vida e a renovação do ser.

Imagine alguém que, após enfrentar uma dor intensa, trauma ou decepção, continua a reviver esses momentos, mesmo que o tempo tenha passado. Essa pessoa está se apegando à avareza emocional, impedindo-se de curar e de permitir que a luz da vida brilhe novamente em seu interior. Esse apego descontrolado ao passado não apenas obscurece a própria jornada, mas também torna difícil para essa pessoa se conectar genuinamente com os outros, pois a insistência em reviver a dor impede a vivência plena da igualdade.

Assim, a avareza revela-se como o APEGO A TODAS AS COISAS, não apenas materiais, mas também emocionais e psicológicas. A solução para essa condição é encontrada na GENEROSIDADE, um contraponto poderoso que convida a doar-se sem expectativas, a DAR SEM ESPERAR DE VOLTA. Ao abraçar a generosidade, libertamos não apenas nossa relação com o dinheiro, mas também nos desprendemos das correntes emocionais do passado. Abrimos espaço para a vida fluir, permitindo-nos viver plenamente e irradiar essa generosidade para o mundo ao nosso redor.

Magda Pinke

Coluna Saúde Mental

Formada em Ed. Física(UNESP) Quiropraxista, Terapeuta Quântica. Especializada em técnicas de manipulação de energia vibracional (radiestesista) E tem ajudado seus clientes a transformarem suas vidas através do exercício físico e bem-estar holístico.

Mantra da semana - Eu cultivo a simplicidade, abraço e pureza - Coluna Saúde Mental por Magda Pinke

O mantra explora a natureza da luxúria, destacando que, embora geralmente associada ao prazer carnal e sexual, sua verdadeira definição vai além disso. A luxúria é descrita como a busca não apenas pelo prazer em si, mas pelo apego excessivo a esses prazeres. O problema surge quando os desejos não são satisfeitos da maneira desejada, resultando em frustração. Essa frustração pode levar a pessoa a buscar prazer de maneiras prejudiciais, ferindo outros no processo.

A pessoa luxuriosa é caracterizada como alguém dominado por paixões, incapaz de tolerar frustrações ou contrariedades. Seu desejo é descrito como passional e egoísta, abrangendo prazeres sensuais e materiais. A virtude que se opõe à luxúria é identificada como a satisfação ou a simplicidade. Isso implica abraçar a própria moral, buscar a pureza de pensamento por meio da evolução e melhorias pessoais, e alcançar a satisfação interna, independente das demandas insaciáveis dos desejos luxuriosos.

Em resumo, o mantra aborda a luxúria não apenas como um pecado relacionado ao prazer sexual, mas como uma busca desenfreada por prazeres em geral, destacando os danos causados pela incapacidade de aceitar a frustração e a importância de encontrar satisfação de maneira mais equilibrada e virtuosa.

Magda Pinke

Coluna Saúde Mental

Formada em Ed. Física(UNESP) Quiropraxista, Terapeuta Quântica. Especializada em técnicas de manipulação de energia vibracional (radiestesista) E tem ajudado seus clientes a transformarem suas vidas através do exercício físico e bem-estar holístico.

Mantra da semana - Não deixe a soberba e a vaidade te dominar - Coluna saúde Mental por Magda Pinke

A soberba, também conhecida como orgulho ou vaidade, é um dos sete pecados capitais que muitas tradições espirituais e religiosas identificam como instintos humanos ainda não desenvolvidos. Ela se manifesta como uma excessiva autoestima, arrogância e desdém pelos outros. Essa atitude é um obstáculo para o crescimento espiritual e o desenvolvimento pessoal, pois impede a humildade e a modéstia, virtudes que se opõem à soberba.

A soberba se enraíza na falta de compreensão de nossa própria natureza e na negação da interconexão entre todos os seres. Quando permitimos que o orgulho nos domine, perdemos a capacidade de aprender com os outros e de reconhecer nossas próprias limitações. Isso cria barreiras para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e colaborativos.

A humildade emerge como uma virtude antagônica à soberba. Ser humilde não significa menosprezar a própria dignidade, mas sim reconhecer que todos têm algo a contribuir e que a sabedoria pode ser encontrada em lugares inesperados. A humildade permite que aceitemos nossos erros, aprendamos com eles e busquemos constantemente o crescimento interior.

A modéstia, por sua vez, complementa a humildade ao nos impedir de buscar constantemente a aprovação externa e a ostentação. Ao cultivar a modéstia, aprendemos a apreciar nossas conquistas sem cair na armadilha da vaidade. Reconhecemos que o verdadeiro valor reside na integridade, na bondade e no serviço aos outros, em vez de na busca incessante por reconhecimento.

Portanto, ao compreender a natureza da soberba e cultivar a humildade e a modéstia, podemos trilhar um caminho de autodescoberta e crescimento espiritual. Ao reconhecermos nossa interdependência e aceitarmos nossa humanidade, abrimos as portas para uma vida mais significativa e harmoniosa, construída sobre as bases sólidas da humildade e da modéstia.

Magda Pinke

Coluna Saúde Mental

Formada em Ed. Física(UNESP) Quiropraxista, Terapeuta Quântica. Especializada em técnicas de manipulação de energia vibracional (radiestesista) E tem ajudado seus clientes a transformarem suas vidas através do exercício físico e bem-estar holístico.

Mantra da semana - Combate a inveja - Coluna Saúde Mental por Magda Pinke

" Desgosto ou pesar pela felicidade e realização do outro "

A pessoa com inveja ignora suas próprias bênçãos e crescimento espiritual, priorizando o status do outro. Ela cobiça o que é do próximo. A pessoa invejosa não deseja pra si algo igual o que o próximo possui, ela quer tirar aquilo que o outro possui, pois para ela é mais importante destruir o próximo do que receber suas próprias bênçãos, seja no plano, material ou em qualquer outra área da vida. Uma característica importante do invejoso é que ele nunca será grato pelas cosias que tem, pois quer o que é do outro por acreditar ser sempre melhor que o dele.

Um invejoso sofre e causa dor nos outros pois leva suas ações diretamente na direção de interferir na vida do próximo.

Uma conduta de transformação é olhar o que o outro possui e trilhar o caminho para conquistar o seu.

As virtudes que se opõem à INVEJA são a CARIDADE e a AUTOACEITAÇÃO

Magda Pinke

Coluna Saúde Mental

Formada em Ed. Física(UNESP) Quiropraxista, Terapeuta Quântica. Especializada em técnicas de manipulação de energia vibracional (radiestesista) E tem ajudado seus clientes a transformarem suas vidas através do exercício físico e bem-estar holístico.

Mantra da semana: libertação - Coluna Saúde Mental por Magda Pinke

Este mantra, expressa uma filosofia de vida que se relaciona com a ideia de gula e o desejo insaciável por mais, seja na alimentação, sentimentos, relacionamentos ou bens materiais.



A primeira parte do mantra, enfatiza a importância da gratidão. Reconhecer e valorizar o que já temos é uma prática poderosa. Muitas vezes, nos concentramos no que falta em nossas vidas, alimentando a gula do querer mais, sem perceber as bênçãos e recursos que já estão à nossa disposição. A gratidão nos ajuda a valorizar o presente e a encontrar alegria no que temos.

A segunda parte do mantra, destaca a transformação da gula, que está ligada ao desejo insaciável, em aceitação. Quando aprendemos a aceitar o que já possuímos, paramos de ansiar por mais e mais, o que pode levar ao egoísmo e à insatisfação constante. A aceitação nos permite encontrar contentamento no momento presente e reduz a tensão criada pelo desejo excessivo.

A terceira parte, salienta como a gula frequentemente está associada ao egoísmo, à busca desenfreada por nossos próprios interesses e desejos, negligenciando o bem-estar dos outros. Libertar-se desse egoísmo nos permite experimentar satisfação genuína, não apenas em relação às nossas próprias necessidades, mas também ao compartilhar e cuidar dos outros.

A última parte, realça a ideia de que a verdadeira satisfação e plenitude são encontradas na simplicidade e na conexão com o coração. Quando deixamos de lado a gula do querer sempre mais, nos abrimos para a beleza e a riqueza das coisas simples da vida e cultivamos relacionamentos mais profundos e significativos. A plenitude do coração, nesse contexto, refere-se a uma sensação de contentamento, harmonia e paz interior.

Esse mantra nos convida a refletir sobre nossos desejos e a cultivar a gratidão, a aceitação, a generosidade e a simplicidade como uma forma de encontrar satisfação e plenitude genuínas na vida. Ele oferece um guia para superar a gula, seja ela ligada à alimentação, aos sentimentos, às relações interpessoais ou ao consumo desenfreado, promovendo uma vida mais equilibrada e significativa.