Dulce de leche by Argentina - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem! Se acabou as eleições na Argentina e o candidato da oposição ao governo de Alberto Fernández, o Javier Milei sagrou-se o próximo presidente da Argentina.

Com um país derretendo por conta de uma hiperinflação, câmbio desvalorizado, escassez da moeda americana, uma taxa de juros exorbitantes que está na casa de 133% ao ano e uma pobreza histórica que atinge mais de 40% da população são os desafios que o novo governo terá que lidar logo na largada. Mas o que a eleição na Argentina isso tem a ver com os seus investimentos no Brasil?

Em tempos de economia globalizada, as vezes um espirro torna-se uma pneumonia e assim por diante. Vide as guerras contemporânea, só para citar uma delas e seus estragos na economia global - Ucrânia x Rússia. Uma das medidas do novo governo na Argentina (vide promessa de campanha) é dolarizar a economia, o que no dia seria ter todas as transações (desde o comércio até o pagamento de salários). Só que a Argentina na atual condição de penúria teria que efetuar um esforço gigantesco para esse movimento sendo que seus reservas em dólar hoje são de US$ 24,99 bilhões, mas de liquidez estão negativas em cerca de US$ 5 bilhões, ou seja, de onde o novo governo vai virar esse jogo.

E ai começam as análises e o impacto nas economias mais próximas como a do Brasil. A Argentina é um dos nossos grandes parceiros comerciais, faz parte do Mercosul e recentemente foi inserida nos BRICS e só por esses motivos já é o suficiente para deixar investidores de orelha em pé.


Um calote argentino levaria economias desequilibradas como as de vizinho como Paraguai, Uruguai (levando-se em conta que esses fazem parte do bloco Mercosul, ás vésperas da assinatura de acordo com União Europeia) a bancarrota, com índices de inflação altos, aumento na taxa de juros e desequilíbrio fiscal (isso de certa forma já recorrente) atingiria diretamente o Brasil que vem num processo lento e penoso de recuperação econômica depois de mais de uma década perdida por conta de políticas de intervencionismo de governos anteriores.

Dessa forma, a queda da taxa de juros (Selic) não teria o seu resultado alcançado (fazendo com que os títulos públicos remunerem melhor os seus tomadores, principalmente os lastreados em IPCA com vencimentos para 15, 20, 30 anos), os ativos listados na B3 e que tem a Argentina como um de seus mercados em potencial teriam mais riscos e com isso prêmios maiores (lógico que um hedge sempre será necessário para minimizar qualquer risco), mas mesmo dessa forma haveria valorização nas ações (e as operações estruturadas, sejam na alta ou baixa teriam seus retornos dentro das suas margens).

A ideia é que a dolarização acabe com o problema da hiperinflação no país, que registrou alta de 142,7% nos preços em outubro, no acumulado dos últimos 12 meses, mas com o atual cenário de juros elevados nos Estados Unidos e com vários focos de conflitos geopolíticos, o mercado já averso a mudanças moderadas não iria tolerar medidas extremas por parte do novo governo argentino.

Agora se a intenção for investir em empresas argentinas que são negociadas no Estados Unidos (as ADRs – American Depositary Receipt – são recibos que permitem ao investidor comprar ações não americanas nos Estados Unidos) a boa notícia é que houve uma valorização de até 27% em alguns momentos do pregão (negociação) nesse dia após as eleições.

Há que se ter cautela, por uma coisa é se ter a intenção de fazer (por exemplo, privatizar a YPF – petroleira) e outra é ter apoio suficiente para executar, algo que o novo governo na Argentina não possui no cenário atual. Enfim, é aguardar e ver se a recuperação da economia é um sonho de costeletas ou será um pesadelo de um caricato Hermano do Boris J. da Terra do Fogo.

E lembre-se, é importante estar ciente dos riscos envolvidos antes de investir. Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

PTR3 e PTR4 e Ouro Negro - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem! Em tempos de conflitos como os que tem ocorrido entre Israel x Hamas, Ucrânia x Rússia e devidas proporções como no Iêmen, R.D.do Congo, Síria e Haiti faz com que alguns ativos tendem a obter maior valorização e o petróleo é uma dessas commodities.

No Brasil há uma gigante no setor que se chama Petrobrás e que de junho até o mês de setembro de 2023, as ações da Petrobrás (PETR3; PETR4) tiveram uma valorização de mais de 21%, mas o que fez as ações da petrolífera ter altas tão expressivas?

O preço do barril de petróleo tipo BRENT subiu 21%, o que coincide com a mesma de alta da Petrobras. O avanço do preço do petróleo no mercado internacional, vale uma análise sobre a Petrobras, já quem em 2023, mesmo com todo o risco político atrelado à estatal, as ações preferenciais da companhia, a PETR4, subiram mais de 44% no ano.

Sendo assim, há que verificar informações importantes sobre a Petrobras e o petróleo para averiguar se é hora de investir na estatal para aproveitar este movimento de alta.

Mas uma pergunta que não quer calar é por que o preço do barril de petróleo subiu tanto nesse período? A Rússia anunciou a redução de 300 mil unidades de barril de petróleo por dia até o final do ano e mesmo com as sanções impostas os russos continuam sendo o segundo maior exportador da commodity no mundo, então qualquer alteração na oferta de petróleo tem repercussões significativas no mercado internacional.

Já a Arábia Saudita, essa sim a maior produtora mundial, também tomou uma medida semelhante, mas com um corte muito mais significativo, da ordem de 1 milhão de barris por dia. Como 1+1 = 2, quando ocorre uma redução na oferta de um produto e serviço, mas a demanda permanece estável, a tendência é um aumento nos preços e é exatamente isso o que ocorre com o petróleo no mercado internacional, além de outros fatores periféricos como o aumento na demanda por diesel, que é derivado do petróleo bruto, em todo o mundo, devido às mudanças climáticas.

E para finalizar, a maior economia do mundo que são os Estados Unidos (ainda...) tem a sua reserva da commodity, no caso o maior consumidor mundial, está no nível mais baixo desde 1983, de acordo com os dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA).

Isso tudo influencia e faz com que a commodity flutue de uma forma firme e habitual. Mas, você investidor deve se perguntar, por que a Petrobrás? Além do contexto de alta nos preços do petróleo, há outros motivos para investir na Petrobras.

De acordo com o relatório da EQI Rsearch “Após passar por um processo de reestruturação, que incluiu o desinvestimento em diversas unidades de negócios, PETR é hoje fundamentalmente uma empresa de produção e exploração de petróleo, com negócios ainda relevantes, mas comparativamente menores, em refino e distribuição de gás natural”, cita o relatório.

De acordo com a EQI Research, a definição da nova política de distribuição de dividendos afastou os piores temores em relação à Petrobras. O relatório destaca que as ações da Petrobras ainda devem ser negociadas com desconto em comparação com seus pares internacionais. Esse desconto é motivado pelo reflexo do controle governamental e do risco político presente na companhia.

Um dos exemplos deste uso político, segundo a EQI Research, é a atual política de preços dos combustíveis que não é clara. “Ainda assim, acreditamos que o desconto em relação aos pares possa diminuir ao longo do tempo, com PETR4 sendo a ‘porta de entrada’ para o fluxo de investidores estrangeiros em busca de ações com grande liquidez”, conclui.

Para se comprar qualquer ação sempre observe alguns fatores

1.expectativa de crescimento dos lucros

2.capacidade de desalavancagem ou

3.redução na percepção de risco.

A Petrobras está em processo de desalavancagem, o que explica que está diminuindo sua dívida e isso é muito positivo para a empresa, pois reduz seu risco financeiro e aumenta sua capacidade de investimento.

E há a percepção que o risco vem sendo mitigado e graças a um plano de negócios mais transparente fazendo com que os investidores ganhem confiança de que a alocação de capital da empresa não mudará muito.

De acordo com os números e projeções de mercado a Petrobras pode pagar dividendos acima do normal em 2023 e 2024 já que a empresa está se aproximando dos limites superiores de sua reserva de lucros, conforme estabelecido em seu estatuto social.

Para destinar a forte geração de caixa esperada no segundo semestre de 2023, a Petrobras precisará criar uma reserva estatutária ou pagar mais do que o estipulado em sua política de dividendos (45% fluxo de caixa menos capex).

Então, se você ainda dúvidas se vale a pena investir na Petrobrás, eis alguns pontos a serem levados em consideração. A Petrobras é uma empresa com expectativa crescimento dos lucros.

A Petrobras é uma empresa com perspectivas positivas no futuro, aliado a isso, a alta nos preços do petróleo deve impulsionar os lucros da empresa, porém, a empresa ainda enfrenta alguns riscos, como o controle governamental e a volatilidade dos preços do petróleo.

Considerando esses fatores, a Petrobras ainda é uma boa opção de investimento para investidores que estão procurando uma empresa com potencial de crescimento de lucros e dividendos. Contudo, é importante estar ciente dos riscos envolvidos antes de investir. Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Guerra com name e surname, né, Tio Sam? Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. De novo outra guerra! Até quando o ser humano vai criar oportunidades em meio a desgraça de terceiros? Por que destruir o outro pode ser uma oportunidade de negócio?

É no mínimo sem moral dessa forma, mas, infelizmente essa é uma das formas que que diferentes correntes encontram a todo momento para suprir os seus interesses.

Os Estados Unidos são especialistas nessa manobra, visto que a situação política e econômica americana em ano de pré-eleição são muito complexos com a pressão da inflação, perda de posição relevante em commodities (vide o milho para o Brasil), desemprego, alta contínua da taxa básica de juros, faz com que janelas de oportunidades sejam aproveitadas pela ainda maior potência do mundo.

Já o investidor global o que tem a ver com isso? Ocorre que em momentos tensos como esse tendem a recorrer ao dólar, ao ouro e ao Treasury (título de renda fixa de dívida pública do governo norte- americano) em busca de proteção. Os conflitos desse porte gigantesco resultam na alta do preço do petróleo, que sempre sobe e consequentemente, gera mais inflação em todos os mercados.

Veja o barril de óleo do tipo Brent para dezembro fechou o pregão da primeira segunda-feira pós ataque (9) com alta de 4,22%, cotado a US$ 88,15, e o WTI para novembro avançou 4,33%, cotado a US$ 86,38.

É bom sempre lembrar que um terço do petróleo mundial sai do Oriente Médio e o enfrentamento na região tende a colocar mais lenha no caldeirão cultural que caracteriza a região. Mas como falamos de investimentos, é bom ressaltar que a aversão ao risco está crescendo e quando isso ocorre, os índices de volatilidade sobem e os ativos de risco performam mal, a exemplo de bolsa de valores, bem como moedas e bolsas de países emergentes.

Outros sempre estão em alta como o ouro que é um ativo de proteção e acrescenta também os títulos do governo de países estáveis e moedas fortes, como o dólar americano, como refúgio.

No cenário brasileiro, os investidores têm que ficar em alerta com seus aportes em ações, títulos, fundos mútuos e ETFs (fundos atrelados a uma carteira de ativos que buscam retorno semelhante a um índice de referência), especialmente aqueles com exposição a setores sensíveis à geopolítica, como energia, commodities e tecnologia. A liquidez deve ser afetada devido à incerteza e ao medo dos investidores, levando a uma retração temporária nos mercados financeiros à medida que buscam ativos mais estáveis com menor volatilidade.

A guerra (dependendo o tempo que durar) pode resultar em alta volatilidade no Ibovespa, com oscilações de preços em ações de empresas com operações ou relações comerciais significativas com a região afetada ou com mercados que reagem à geopolítica. Neste caso, atenção para companhias como Petrobras (PETR3; PETR4), PRIO (PRIO3).

Nesse momento (como em outros, especificamente) tem que se manter a coerência e assegurar que os seus portfólios estejam seguros, fazendo análises de estratégias de hedge (proteção) e manter um horizonte de investimento de longo prazo

Nesse momento (como em outros, especificamente) tem que se manter a coerência e assegurar que os seus portfólios estejam seguros, fazendo análises de estratégias de hedge (proteção) e manter um horizonte de investimento de longo prazo para se resguardarem dos efeitos da volatilidade desencadeados pelo conflito.

Uma dica, fiquem de olho em ativos atrelados ao dólar – CSD2 (lembre- se...eleições americanas a vista e talvez um divisor de águas na história daquele país) e o Ouro – OZ1 (esse nunca falha).

Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Títulos públicos - com certeza o SELIC - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. Os juros estão caindo, de forma gradual chegarão a um patamar que seja competitivo de tal forma que traga capital produtivo em vez do especulativo.

Só que quando a taxa SELIC tem um decréscimo, os produtos de renda fixa sofrem alguns impactos, o que deixam os investidores ressabiados e a procura de novas oportunidades de rentabilizar o seu capital.

O Tesouro SELIC é uma dessas janelas de oportunidade, já que é indexado pela taxa básica de juros, além disso, é proveniente do emissor mais seguro do mercado: o Governo Federal.

O Tesouro SELIC é uma ótima opção para montar uma reserva de emergência devido à sua liquidez diária, baixa volatilidade e segurança. E como é que funciona para investir no Tesouro SELIC dentro dos títulos públicos?

É preciso entender o que são os títulos públicos antes disso. O Título Público é um ativo de renda fixa emitido pelo governo brasileiro para arrecadar fundos. Quando se compra um título, o investidor está emprestando dinheiro para o poder público em troca do direito de receber, no futuro, uma remuneração por esse empréstimo.

Com esse dinheiro, o país pode promover seus investimentos em diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura e outros setores indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil.

Já o Tesouro Direto é o programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3 (antiga BM&FBovespa) para a venda dos títulos públicos para investidores pessoas físicas. Esse programa veio para democratizar o acesso a esse importante ativo da economia.

Toda a negociação é realizada por meio da internet, facilitando muito a compra e venda de títulos, então é errôneo dizer que o investidor investe no Tesouro Direto, já que o investimento é realizado mediante a compra de Títulos Públicos através do Tesouro Direto.

Entendendo esse conceito, o tesouro SELIC é um título pós-fixado e por esse “pós-fixado”, entende-se que o investidor só saberá qual vai ser o retorno do investimento posteriormente ao momento da aplicação, já que a rentabilidade desse título vai ser diariamente calculada, com base no equivalente a 1/252 da taxa SELIC vigente.

Até se saber qual é a taxa SELI C hoje (xx% ao ano), mas não tem como adivinhar a taxa SELIC futura, então, dessa forma, pode-se afirmar categoricamente que o investidor saberá exatamente o quanto esse ativo vai render entre hoje e a data do resgate do título.

Por conta de sua característica de render todos os dias 1/252 da taxa SELIC diária, esse é um ativo que sempre está se valorizando, trocando miúdos, o tesouro SELIC é o Título Público mais conservador e defensivo de todos.

O tesouro SELIC é o que se pode chamar de risco zero., por serem emitidos pelo governo federal, o risco de crédito é praticamente inexistente, ou seja, o investidor nunca irá tomar o famoso “calote”.

Isso ocorre porque o poder público é o detentor do direito de imprimir dinheiro e caso ele não tenha fundos para pagar o empréstimo, pode simplesmente imprimir mais moeda para saldar a dívida.

Com certeza isso acarretaria outros problemas, como o aumento da inflação e diminuição da confiança no governo, porém, a chance é irrisória de ocorrer e se acontecesse, o calote do governo provavelmente seria o menor dos problemas que o investidor teria que suportar, já que esse tipo de atitude acarretaria um efeito de devastador 

de falta de capacidade de pagamento o que geraria uma crise interna sem precedentes. E é sempre bom frisar que o Tesouro SELIC ainda possui liquidez diária o que significa que o investidor pode comprar e vender esses títulos através do Tesouro Direto diariamente, o que torna o fator nulo sob o risco de liquidez do título.

O Tesouro SELIC também compartilha as regras de tributação com os outros títulos públicos e quando falamos de Brasil, a mordida do Leão é sempre considerável.

Um dos que oneram são o IOF ou Imposto sobre Operações Financeiras e esse é o tributo que penaliza os investidores que utilizam os Títulos Públicos no curtíssimo prazo isso porque a sua alíquota se reduz conforme o tempo de aplicação, já que a partir do primeiro dia, o IOF sobre o rendimento é de alarmantes 96%, porém, no 30o dia ele é reduzido a zero, tornando o título isento do IOF.

Porém, por mais que o dinheiro fique aplicado por muitos anos, não será possível fugir da cobrança do IR, que será cobrada apenas sobre o rendimento.

E o valor a ser descontado no momento do resgate, não exige que o investidor pague o tributo de forma separada – o que facilita bastante a vida.

Já com relação às taxas, há duas cobranças sendo que a primeira é obrigatória – e impossível de fugir – e a segunda é “quase opcional”:

1. Taxa de custódia: 0,3% cobrado anualmente pela B3 para a guarda dos títulos;

2. Taxa de administração: valor variável cobrado pela corretora por intermediar a compra e venda dos títulos; essa cobrança está cada vez mais rara, especialmente entre as corretoras não ligadas aos grandes bancos.

Tente sempre investir através de corretoras que não cobram taxas para investir no Tesouro Direto. Na próxima semana voltamos a falar sobre o Tesouro SELIC e fechar esse tema. Na próxima semana nos vemos.

Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

O Rei e seus juros - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. Nas últimas semanas o mundo se pergunta, para onde irão as taxas de juros?

No Brasil houve o corte de 0,5% divulgado na última semana e tratamos desse tema no último artigo.

O Banco da Inglaterra, local onde resido decidiu essa semana encerrar a sequência de alta e não por conta do arrefecimento da inflação, mas sim porque os dados econômicos têm sido péssimos e continuar estrangulado a economia com altas taxas de juros inibe o consumo, penaliza os tomadores de empréstimos e põe para baixo qualquer perspectiva de crescimento (somando-se a tudo isso o pós-covid e o Brexit).

A taxa de juros está hoje em 5,25% ao ano na Terra do Rei, decisão que foi muito dividida dentro do MPC (Comitê de Política Monetária local) com 5 votos a favor para a manutenção da taxa no atual patamar e 4 votos para um novo aumento de 25bps, o que interrompe 14 aumentos de forma seguida.

A linha de raciocínio do MPC é de que após sua decisão que a política monetária terá de ser suficientemente restritiva durante um período suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo.

A inflação por esses lados é tema de preocupação para autoridade monetária, já que o núcleo da inflação perdeu força, passando de 6,9% para 6,2% na comparação anual. Mas, o que o Brasil tem a ver com todas essas informações? Importante salientar o mercado financeiro é muito impulsionado por remessa de dinheiro estrangeiro e quando se estabiliza uma taxa de juros em países como Inglaterra, EUA, Alemanha que são grandes economias, a tendência é haja maior fluxo de capital vindo para o Brasil para se capitalizar e de certa forma regressas as suas origens ou virarem capita produtivo.

Dessa forma, o dinheiro que vem dos estrangeiros movimenta uma máquina de produtividade e porque não de especulação o que faz que no Brasil a inflação venha a ceder e a taxa SELIC sentir-se pressionada a ter uma queda gradativa que seja competitiva com as economias mais competitivas do mundo.

O Brasil ainda tem a segunda maior taxa de juros real do mundo, ficando atrás somente do México, o que demonstra um grande espaço para cortes e gerar oportunidades de negócio.

Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Super juros ativar - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. Essa semana o Brasil deve ter uma nova taxa SELIC e abaixo do que está sendo praticado das últimas semanas.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central irá se reunir. E toda vez que isso acontece surge aquela enxurrada de artigos em jornais sobre onde investir com uma taxa de juros em queda e a X% ao ano.

Dessa vez, vamos fazer diferente, afinal, nem sempre quando cai é ruim e nem quando sobe é bom. O mercado de Ações pode ser beneficiado com corte na taxa de juros, como assim?

Ocorre que quando temos uma queda na taxa, a tendência é que para obter uma melhor remuneração os investidores tendem a migrar uma parte de seus investimentos para algo de maior risco, lógico que sempre sob supervisão e proteção.

Muitos especialistas recomendam algumas estratégias para investir em um momento de queda dos juros. A importância de ter uma carteira diversificada nesses momentos trarão segurança e rentabilidade média, já que o cenário atual é favorável ao Brasil.

Os indicadores econômicos americanos mostram uma desaceleração suave da economia, com menores riscos de recessão global e por esses lados a avaliação é que a probabilidade de um descontrole fiscal diminuiu e isso permite que os investidores assumam um pouco mais de risco em suas carteiras.

Em relação aos setores da bolsa mais promissores sob esse cenário que deve ser contínuo, as quedas dos juros influenciam toda a economia. Quando os juros estão mais elevados reduzem as margens financeiras, o que afeta o resultado operacional e quando a situação se inverte, essas empresas de setores como energia, construção civil e varejo são beneficiadas.

As quedas nos juros podem facilitar o acesso ao crédito imobiliário, auxiliando empresas do setor de construção, além de uma retomada nas compras, para o setor de varejo, por exemplo.

Fique atento a setores que tendem a se valorizar diante da previsão de queda dos juros são aqueles ligados à atividade econômica, como bens de consumo (varejo), saúde, educação e construção civil, vale a dica!

Além disso, o momento de queda dos juros é propício para investimentos além da bolsa de valores, como em fundos imobiliários (FIIs), especialmente aqueles que investem em ativos físicos, também conhecidos como fundos de tijolos e isso ocorre porque a redução dos juros pode impulsionar o mercado imobiliário, tornando os FIIs uma opção atrativa para os investidores.

E mesmo com a queda dos juros, o investidor não precisa retirar todos os seus investimentos da renda fixa, já que a taxa de juros real (a diferença entre a Selic e a inflação) deve permanecer elevada no médio prazo, de tal forma que os títulos pós-fixados, especialmente os atrelados à taxa Selic, são uma alternativa sensata para compor reservas de emergência.

E, no entanto, para investimentos cujo objetivo é buscar retornos maiores, o momento não é tão favorável para os títulos prefixados, uma vez que o eventual ganho com a queda dos juros já ocorreu. Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes


Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.