Rir é um ato de resistência - Coluna Arte/Design e Fotografia por Mônica Fraga

“Rir é um ato de resistência!”

Essa frase do ator e comediante Paulo Gustavo, que faleceu em decorrência do covid-19, ficou ecoando na minha cabeça...

Resistir é defender-se, porém, também lutar, enfrentar, reagir... é conservar-se firme, não sucumbir!

Cada um buscou alívio na pandemia em alguma manifestação artística, seja nos filmes, séries, livros, músicas, pintura, dança, poesia e no humor...

O humor tem voz, tem um discurso. Ele pode libertar e educar! É a arte de dizer algo sério, de mandar um recado através do riso.

Durante a pandemia surgiram muitas manifestações artísticas de resistência, muitas intervenções pelas cidades e perfis no Instagram com objetivo de divulgar trabalhos de artistas sobre esse contexto, usando também o humor como canal de reflexão.

É preciso resistir à falta de empatia e humanidade tão evidentes nesse momento.

Selecionei alguns trabalhos, simples e geniais, que tem um humor inteligente!

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@aring_art

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@brushsmit

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@matthewzaremba

 

Viva a arte! Valorize o artista!

“A idéia é muitas vezes o anteprojeto, no qual na arte conceitual já é a obra!”

Rolf Wedewer, 1970

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Curso de História da Arte com o crítico de Arte Rodrigo Naves, Curso de História da Arte Brasileira e Modernismo ao Contemporâneo no MASP, Curso sobre as Mulheres na Arte, no Adelina Instituto e Arte que Acontece, em São Paulo. Instragram: @monicafraga Email: monicabmfraga@gmail.com Twitter: @monicafraga27

A arte e a astrologia - Coluna Arte/Design e Fotografia por Mônica Fraga

Nesse momento pandêmico, super conectada, tenho visto muito sobre os signos. Há quem não acredita ou duvida sobre o assunto, mas existem muitas características interessantes e são de fato comuns entre as pessoas de um mesmo signo.

Nesse contexto resolvi mostrar aqui um artista representante de cada signo.

Começando por aquário, o signo que é chamado “do contra” e que gosta de liberdade tem como representante um dos meus preferidos, Jackson Pollack, nascido em 28/01/1912, importante artista do Expressionismo Abstrato que valorizava a expressão pessoal espontânea. A liberdade da sua pintura e ao mesmo tempo completamente diferente de tudo até então! Ele era um aquariano de fato!

Michelangelo representa peixes, o signo da sensibilidade, “o esquecido”. Nascido em 06/03/1475, o escultor, pintor e arquiteto italiano famoso por obras como as esculturas Pietá e Davi, e a pintura do teto da capela Sistina. Tem que ser muito sensível para esculpir em um bloco de mármore a expressão de tristeza de uma mãe com seu filho morto nos braços.

Em seguida temos áries, o signo “estressado”, mandão e que tem paixão pela vida. Tem como representante o genial Van Gogh, pintor holandês, nascido em 30/03/1853. Suas obras são caracterizadas por uma pincelada impulsiva e vibrante.

Como representante dos taurinos, que tem a fama de “comilão” e ciumento, o pintor espanhol Salvador Dali, nascido em 11/05/1904, com seu estilo surrealista, sendo uma figura excêntrica, de estilo único.

Para representar o signo de gêmeos, tido como “falante”, indeciso e que vive em busca de novas emoções, o pintor Paul Gauguin, francês, nascido em 07/06/1848, o qual passou por vários lugares e partiu para o Taiti em busca de novos temas, onde criou suas obras mais importantes.

O signo de câncer, o “nostálgico”, que possui forte intuição e apego, tem como representante o pintor austríaco Gustav Klimt, nascido em 14/07/1862. Com uso marcante do dourado em suas obras, devido à influência do pai ourives, pintou dentre várias obras, “O beijo”, minha favorita.

Para sentar no trono dos leoninos, ninguém menos que Marcel Duchamp, artista francês, nascido em 28/07/1887, inventor do ready made, que significa apropriar-se de algo já existente e eleva-lo à categoria de obra de arte. O leonino é considerado vaidoso e gosta de chamar atenção por onde passa. A obra "Fonte", de 1917, apresentada no Salão da Sociedade Novaiorquina de artistas independentes, constituída a partir de um mictório invertido, como escultura. A inversão física do objeto corresponde a inversão de seu sentido... é,... acho que ele realmente chamou a atenção!

Para representar virgem, o signo da garra, independente e organizado, a brasileiríssima Tarsila do Amaral, nascida em 01/09/1886. Uma mulher à frente do seu tempo e independente. A obra “Figura Só”, minha preferida, diz muito sobre ela!

E o representante dos librianos, tidos como gentis e justos, o artista plástico suíço, Alberto Giacometti, nascido em 10/10/1901. Suas esculturas alongadas possuem forte expressão e textura.

Representando o signo de escorpião, que tem a fama de erótico e misterioso, ninguém menos que Pablo Picasso, pintor espanhol, nascido em 25/10/1881, que conquistou a  fama de mulherengo e teve como inspiração para seus trabalhos os seus casos amorosos.

Seguindo com os sagitarianos, que gostam de viver grandes aventuras, são divertidos e bem humorados, sendo representados por Diego Rivera, pintor mexicano, nascido em 08/12/1886. Foi casado com Frida Kahlo e pintou vários murais, que tinham  cunho social e político.

Finalizando com o representante dos capricornianos, também conhecidos como “meu nome é trabalho”, batalhadores e leais, o artista francês Henri Matisse, nascido em 31/12/1869, com um estilo que se caracterizava pelo uso de cores de tonalidades fortes. A obra “A Dança” é simplesmente linda.

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 “A Fonte”, de Marcel Duchamp!

 

Eu sou leonina e acho que fui bem representada, e você? :)

 

A arte não segue as ideias, mas os sentidos.”

Larry Bell, 1972

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Curso de História da Arte com o crítico de Arte Rodrigo Naves, Curso de História da Arte Brasileira e Modernismo ao Contemporâneo no MASP, Curso sobre as Mulheres na Arte, no Adelina Instituto e Arte que Acontece, em São Paulo. Instragram: @monicafraga Email: monicabmfraga@gmail.com Twitter: @monicafraga27


Hitler e a arte - Coluna Arte/Designe Fotografia por Mônica Fraga

Você sabia que Hitler também queria ser pintor?

Em 1907 ele foi rejeitado pela Academia de Belas Artes de Viena por não ter talento para se tornar um gênio da pintura.

Trinta anos depois como líder nazista na Alemanha ele passou a perseguir professores, artistas e curadores que se identificavam com a arte não aprovada pelo governo, ou seja, a arte moderna.

Artistas perderam seus cargos em museus e universidades e foram proibidos de exibir ou vender sua arte.

Ele fechou a Bauhaus em 1933, principal escola de arte vanguardista na Alemanha. Foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

Confiscou quadros modernistas de coleções públicas e privadas, aproximadamente 5 mil obras, sendo parte disso exibida na Exposição da Arte Degenerada, em 19 de julho de 1937, a maior ação contra a arte modernista.

A mostra foi organizada por Adolf Ziegler, presidente da Câmara de Artes Plásticas do Terceiro Reich, nome dado à Alemanha Nazista no período de 1933 a 1945.

As obras degeneradas fugiam do padrão do naturalismo, que representa as figuras em ambientes naturais, buscando o equilíbrio, harmonia e perfeição. Já a arte modernista tinha como doutrina a liberdade, tão recriminada pelos nazistas.

Vários trabalhos foram apresentados na exposição. Foram 650 obras de 32 museus alemães, de artistas como Picasso, Georges Braque, Lasar Segall, George Grosz, Henri Matisse, Otto Dix, Max Ernst e outros.

A expografia era propositalmente bagunçada, com quadros pendurados de maneira torta e luzes inadequadas.

A "Arte Degenerada" teve mais de 2 milhões de visitantes.

Após a exposição, os quadros com valor no mercado internacional foram leiloados na Suíça. Alguns foram discretamente confiscados por oficiais nazistas.

 As obras que não foram vendidas ou embolsadas acabaram, de fato, queimadas.

Ironicamente, muitos artistas alemães só passaram a ser conhecidos no exterior após a exposição.

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Hitler e a Arte Degenerada

Em um momento onde fala-se muito de ditadura em nosso país, não ter liberdade de expressão é um retrocesso, um crime contra a humanidade.

 

“A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já tenha acontecido. Eu mudei de um jeito radical, tudo em mim é diferente: minhas opiniões, as ideias, a visão crítica. Por dentro, por fora, nada é igual. E posso afirmar com segurança, já que é verdade: mudei para melhor.”

Anne Frank, judia morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã.

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Curso de História da Arte com o crítico de Arte Rodrigo Naves, Curso de História da Arte Brasileira e Modernismo ao Contemporâneo no MASP, Curso sobre as Mulheres na Arte, no Adelina Instituto e Arte que Acontece, em São Paulo. Instragram: @monicafraga Email: monicabmfraga@gmail.com Twitter: @monicafraga27

Museus - Coluna Arte/Design e Fotografia por Mônica Fraga

Você sabia que existem muitos museus no nosso país?

Só na cidade de São Paulo existem mais de cem!

“Museu é uma instituição sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade dedicada a buscar, conservar, estudar e expor objetos de interesse duradouro ou de valor artístico, histórico, etc.”

Antes faremos uma viagem no tempo.

A origem da palavra “museu” vem do grego mouseion, que significa templo das musas.

Na Grécia o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia. Esses templos, bem como os de outras divindades, recebiam muitas oferendas em objetos preciosos ou exóticos, que podiam ser exibidos ao público mediante o pagamento de uma pequena taxa.

O primeiro museu moderno apareceu na Inglaterra, em 1683, com objetivo declarado de educar o público, o Museu Ashmolean, criado pela Universidade de Oxford. Outros importantes museus foram fundados no século XVIII: o Museu Britânico, aberto em Londres em 1759, e o Museu do Louvre, em Paris, em 1793.

No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.

Em São Paulo existem museus com acervo riquíssimo de arte brasileira e europeia. Existem também museus sobre diversos assuntos e interesses: ciência, história, antropologia, futebol, museu da imagem e do som, museu da imigração, museu de língua portuguesa, museu de arte sacra, museu da diversidade, museu de zoologia, e muito mais...

Na sua cidade tem algum museu? Você já visitou?

Quando for a São Paulo escolha um museu de sua preferência e divulgue também.

O meu propósito é incentivar você a se interessar por Arte.

O MASP e Pinacoteca são imperdíveis, e se você tiver filhos vá ao Museu Catavento e ao museu de Zoologia da USP e curta muito essa experiência!

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Pinacoteca SP

 

“A função da arte é o aprimoramento da consciência humana.”

Herbert Read, 1957

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Curso de História da Arte com o crítico de Arte Rodrigo Naves, Curso de História da Arte Brasileira e Modernismo ao Contemporâneo no MASP, Curso sobre as Mulheres na Arte, no Adelina Instituto e Arte que Acontece, em São Paulo. Instragram: @monicafraga Email: monicabmfraga@gmail.com Twitter: @monicafraga27

Feminismo - Coluna Arte/Design e Fotografia Por Mônica Fraga

No dia 8 comemoramos o Dia Internacional da Mulher. É uma data de celebração pelas conquistas femininas históricas, porém a luta continua...

Você sabe o significado do termo Feminismo?

É um movimento social e político que reivindica igualdades entre mulheres e homens. Não se trata de um movimento sexista, que tenta impor a superioridade das mulheres sobre os homens.

O conceito teve origem com Charles Fourier, um teórico do socialismo, a partir de 1808, que já defendia a igualdade de gêneros. Em seu Livro Teoria dos Quatro Movimentos, ele defende que o avanço na conquista de liberdade para as mulheres é um pré-requisito para o progresso de toda a sociedade.

Questões como desigualdade de gênero, falta de representatividade política, desigualdade salarial, violência contra a mulher, padrões de beleza, dentre outras, são discutidas e reivindicadas pelo movimento feminista.

Na verdade a luta antecede à palavra feminismo.

Aqui citarei algumas mulheres importantes para minha e para a nossa história!

Christiane de Pizan, nascida em 1364, filósofa e escritora italiana, publicou O Livro da Cidade das Mulheres, em 1405, onde reúne figuras femininas célebres da história em uma cidade alegórica em resposta à misoginia presente no meio literário da época, predominantemente masculino.

Sor Juana Inés de La Cruz, de 1648, filósofa, poeta, dramaturga e escritora autodidata mexicana. Para se livrar do casamento e prosseguir com seus estudos, se tornou freira e defendeu em uma carta ao bispo o direito das mulheres ao acesso ao conhecimento.

Já pensaram na coragem e nos enfrentamentos que elas tiveram?

Muitas outras figuras femininas foram importantes nesse processo, reivindicando direitos e passando à ação coletiva.

Na Arte mulheres foram apagadas ou esquecidas, porém estamos resgatando a nossa história e conquistando novos lugares.

A arte desempenha um papel político e de reflexão.

As Guerrila Girls, que já citei nesse canal, são um grupo de ativistas, anônimas, criado em Nova York em 1985, que usam uma máscara de gorila e denunciam questões relacionadas ao sexismo, racismo, corrupção na arte e política.

Na exposição individual no MASP em 2017, as Guerrila Girls questionaram a quantidade de artistas femininas e a quantidade de nus femininos presentes no museu. Apenas 6% dos artistas do acervo em exposição são mulheres e 60% dos nus são femininos.

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Lutamos por um maior equilíbrio entre mulheres e homens, inclusive na Arte.

Somos bem representadas por artistas brasileiras e sabemos, como mulheres, a potência que somos!

 

“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.”

Simone  de Beauvoir

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

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Importância da luz na fotografia - Coluna Arte/Design e Fotografia por Mônica Fraga

Hoje o post é sobre a importância da luz na fotografia.

A incidência da luz pode criar efeitos diferentes na fotografia.

O efeito que o sol produz no resultado de uma cena depende de vários fatores. A posição do sol no céu varia não só com o tempo, mas também com a estação do ano e a localização geográfica. Todos esses fatores afetam a cor, o ângulo e o brilho da luz.

Claude Monet, um pintor impressionista, sabia bem o quanto a luz imprimia um efeito diferente à pintura, sendo assim, fez uma série de 31 pinturas da Catedral de Rouen em diferentes horários do dia e do ano, e o resultado foi incrível: uma paleta com diferentes tons de cores.

Para retratar bem o efeito da luz, cito o Yosemite National Park, nas montanhas da Serra Nevada, na Califórnia, EUA. Ele é famoso por suas sequoias gigantescas, pelas falésias, pelo vale, pela cascata de lava, se tornando Patrimônio Mundial da Unesco desde 1984.

O espetáculo da cachoeira de lava rende imagens impressionantes. A incidência do sol, durante apenas três semanas do mês de fevereiro, no pôr-do-sol, faz com que a Horsetail Fall pareça uma cachoeira de lava. Conforme a névoa capta os raios de sol, cria uma fabulosa ilusão de ótica que dura cerca de 10 min e proporciona clicks incríveis!

A fotografia eterniza o momento, e em se tratando de luz, uma fotografia tirada hoje talvez nunca seja recriada da mesma maneira amanhã!

  

“Fotografia é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração.”

Henri Cartier Bresson

Mônica Fraga

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